Pouco a pouco, mais empresas têm adquirido o padrão Home Office/Virtual Office como base para seu funcionamento. O preconceito antes existente por um “modelo formal” de estrutura para um negócio cada vez mais cede às vantagens apresentadas pelo modelo.
Dentre as mesmas, podemos citar a redução de custos para aluguel, energia, transporte e alimentação de seus colaboradores, fora o aumento da qualidade de vida em geral. Uma boa administração feita em cima destes benefícios acaba por gerar lucros maiores a todos. A evasão do transito caótico presente nas grandes metrópoles, o maior tempo de descanso entre jornadas de trabalho, a proximidade da família e o ambiente (que é organizado de acordo com a necessidade de cada) ajudam psicologicamente os colaboradores a exercerem melhor suas respectivas funções, produzindo mais e melhor conteúdo para as necessidades de seu negócio. Em suma, o rendimento de todas as partes acaba sendo elevado.
Entretanto, esse modelo não é feito para qualquer instituição usufruí-lo. Casos recentes comprovam que os maiores sucessos têm sido obtidos por empresas da área de informação e também as que contam com um número limitado de colaboradores (pequenas empresas). Há de se estabelecer acordos e regras entre as partes para que os benefícios e vantagens do Home Office/Virtual Office não extrapolem e saiam do controle, o que geraria queda de rendimento e produção. Muitas empresas que adotam o sistema utilizam-se de horários fixos e pelo menos uma vez semanalmente um encontro presencial, o que ajuda a criar um melhor entendimento e entrosamento entre todos. Cássio Martinez, sócio-fundador da VOR — Inteligência Coletiva, trabalha nesse regime há mais de 6 anos e tem uma visão bastante otimista desse cenário:
“Para mim, este modelo não deve ser nem considerado o futuro, mas sim o presente. Estamos vivendo uma época que discutimos o caos urbano, aumento exponencial de pessoas no planeta, renda básica por analisar que, talvez, no futuro não vamos conseguir empregar todas as pessoas e manter um modelo arcaico que te obriga a trabalhar oito horas ou as vezes até mais em estruturas físicas, tornará a rotina insuportável. O grande desafio desse modelo é criar processos claros e aplicáveis, contar com um time empenhado com foco nos projetos e, principalmente, nos prazos”.
De qualquer forma, é impossível negar que a utilização desta filosofia cresce mais e mais em tempos econômicos difíceis no país, onde muitas empresas precisam e tendem a se renovar. Home Office/Virtual Office parece ser a resposta para o futuro.