A comunicação digital está em constante mudança. São tantas que nem sabemos mais diferenciar online de offline: hoje tudo é onlife. Nós da VOR Digital, construímos observando esse cenário e criando projetos que se moldam as organizações, afinal trabalhamos em um modelo horizontal para acelerar o crescimento.
Hoje eu gostaria de roubar alguns dos seus minutinhos para falar sobre um problema que, provavelmente, já deve ter batido a porta de muitas agências: clientes com potencial, mas que simplesmente não deslancham.
A discussão pode chegar à filosofia ou à estatística. Apenas gostaria de pontuar alguns aspectos sobre o porquê isso acontece, na minha opinião:
A Herança Meritocrática
– Comunicação não é gasto, é investimento!
Mas já tentou falar isso para quem está no comando?
Vou contar uma breve história:
– Em 1986 Luiz tinha 27 anos, era um funcionário respeitado e comprometido da empresa Tambor Empreendimentos. Com muito trabalho duro, Luiz aos poucos viu a oportunidade de largar a vida de funcionário e partir para o empreendedorismo. Ele abriu a Badulaque Empreendimentos e deslanchou no mercado ao custo de equipes comprometidas e alianças estratégicas. Hoje Luiz tem uma sede e duas filiais e está inserido na famosa classe média alta do país.
Você acha que Luiz quer ouvir uma agência de comunicação dizer para ele que tirar o cafezinho do seu funcionário impacta diretamente na forma que seus colaboradores atendem seus clientes, que por sua vez compraram menos porque o serviço é de menor qualidade? Claro que não. Aí que está um dos maiores problemas dessa geração: a herança meritocrática. O líder Luiz não quer saber de ninguém vindo falar para ele como gerenciar seu negócio. Parece besteira, mas acontece com maior frequência do que imaginamos.
Imediatismo
O meio online é ótimo para mensuração, podemos entender rapidamente o que está dando certo e o que não está dando. Mas nem sempre um modelo de atuação para uma empresa é o mesmo para a outra. Precisamos, antes de mais nada, entender o comportamento do consumidor da marca para poder construir um caminho de conteúdo e mídia produtivo. Esforços que vão se transformar em leads reais.
O problema está em empresas que querem retorno para “ontem”, sem ter a sensibilidade para saber que desenvolver um projeto de comunicação envolve também tentativa e erro, testes A/B, experimentação de meios entre outras coisas. Não perder o timing é importante, mas ter tempo pra entender o timing correto é essencial.
A imposição de estratégia
Estar no facebook é preciso? Estar no linkedin? Ter um blog? Fazer comunicação B2C? Ser social no Instagram? Você pode responder afirmativamente todas essas perguntas, mas precisa saber concentrar esforços que trarão resultados na estratégia correta. Hoje o Guaraná Antártica tem 16 milhões de fãs no facebook, mas será que isso reverte em vendas? Seu alcance médio por post é menos que 100 interações, para eles, do que vale toda essa base? O erro de colocar uma agência de comunicação para trabalhar a serviço de sua marca, criando e desenvolvendo a comunicação, mas com um direcionamento do gestor ou do departamento comercial é gigantesco.
Profissionais de comunicação estudaram anos para entender e traçar estratégias em comunicação para as marcas. Imagina um carro feito por marceneiros, você andaria nele? Pois bem, a comunicação funciona da mesma forma, tão importante quanto contratar uma agência, é deixar que ela traga dados e linhas de atuação que você pode seguir. A discussão é engrandecedora de ambos os lados na hora de alinhar a expectativa do que a agência entrega e o que a empresa espera. Só que respeitar a opinião do profissional de comunicação é de suma importância para o processo.
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Não quero aqui endeusar agência e crucificar clientes, há também muitas agências que saem chutando no escuro e entregando projetos rasos e preguiçosos. No fundo, cada trabalho será único e particular para cada cliente. Saiba tirar o melhor de cada experiência, seja ela boa ou ruim.